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CPMI do INSS: empresário responde a relator, mas se cala para comissão

06.10.2025 5 min read

Depois de responder a perguntas feitas pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti informou que vai permanecer em silêncio durante o restante do seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nesta segunda-feira (6).

“O Fernando vai permanecer, a partir de agora, em silêncio. Não vai dizer sim ou não”, disse o advogado de Cavalcanti, Thiago Machado.

Ex-sócio do advogado Nelson Willians, um dos investigados no esquema de desconto de mensalidades de associações de aposentados e pensionistas, o empresário foi um dos alvos da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal (PF) e da Contralodoria-Geral da União (CGU), que investiga o esquema de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões do INSS.

Um habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux deu a Cavalcanti o direito de não ser obrigado a responder a perguntas que possam incriminá-lo.

Ao iniciar o seu depoimento, por volta das 16h30, o empresário negou as acusações de que integrava o esquema de desvios de mensalidades de aposentados. Ele disse não ser laranja e nem beneficiário do esquema. Ele disse ainda desconhecer as atividades ilícitas de Nelson Willians e de Maurício Camisotti.

Willians é dono de um dos mais caros escritórios de advocacia do país e que se tornou conhecido por ostentar em suas redes sociais uma vida de luxo.

Ele atuava com Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, apontados como os principais operadores do esquema de corrupção.

“O que tenho conhecimento da relação entre os dois são esses empréstimos que são pagos até hoje, contratos. Nunca fui laranja, atuador ou beneficiário de qualquer esquema. Minha atuação sempre foi de gestor e os pagamentos recebido sempre foram compatíveis com todas as funções que eu desempenhava e com a minha vida”, afirmou.

Patrimônio

Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu mais de 20 veículos de luxo pertencentes a Cavalcanti. Entre os veículos estão uma Ferrari, avaliada em cerca de R$ 4,5 milhões, uma réplica de um carro de fórmula 1 e diversas motos.

Os veículos foram apreendidos em um shopping de Brasília e foram encaminhados para lá, um dia antes da Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23 de abril do ano passado.

“Contra Fernando Cavalcanti não pesa qualquer investigação de envolvimento de fraude com o INSS. Não houve ocultação, nem má-fé. Os veículos mencionados são de propriedade da minha empresa, adquiridos de forma lícita, alguns ainda em financiamento, como a tão falada Ferrari, que só termino de pagar, salvo melhor juízo em 2027. Aqui em Brasília é comum que carros sejam guardados em estabelecimentos comerciais”, disse.

Além dos automóveis, diversos relógios de luxo também foram apreendidos na casa do empresário e vinhos de uma adega, avaliados em mais de R$ 7 milhões.

O relator da CPMI, perguntou sobre a evolução patrimonial de Cavalcanti, que antes de integrar o escritório de Nelson Willians, em 2017, trabalhava na Assembleia Legislativa de São Paulo, como assessor de um parlamentar, ganhando pouco mais de R$ 5 mil.

“Em 2017 eu tava vindo da Assembleia Legislativa e tinha um patrimônio que não chegava nem em R$ 100 mil. Em 2025, eu não sei falar excelência. Meu patrimônio está no imposto de renda declarado, mas é uma informação que eu não quero falar aqui”, respondeu.

“Já vimos movimentações do senhor com Nelson Willians de milhões de reais e do senhor com o Camisotti também de milhões de reais. Vou trazer par a CPMI esse exemplo de sucesso que é o senhor”, rebateu Gaspar.

O presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG) disse que o depoimento mostra que a defesa de Cavalcanti, está usando o espaço da CPMI para montar a estratégia de defesa

“É impossível que uma pessoa que sai de São Paulo, debaixo de suspeita de negociação de emendas parlamentares, ganhando R$ 5 mil por mês, vir para Brasília e amealhar, um patrimônio só em carros, de R$ 200 milhões; de uma adega de R$ 7 milhões e toda uma vida de luxo. Está muito bem demonstrado pela quebra de sigilo, pela movimentação financeira que nós temos, de que ele é apenas uma parte de todo esse esquema”, afirmou o presidente da CPMI.

“A PF investiga ele como suposto laranja. Os dados estão mostrando que ele não tem lastro naquilo que está colocando como patrimônio próprio, mesmo que seja colocando no imposto de renda dificilmente ele consegue explicar a origem de tanto dinheiro, de tantos bens valiosos que a PF apreendeu”, continuou.

Máfia

Viana disse que Cavalcanti integra o que classificou como máfia, com contatos com políticos, servidores públicos e outras autoridades.

“É uma quadrilha que tomou de assalto a receita, que corrompeu servidores e que perpassou governos e que tinha bons relacionamentos com a política, liberdade de acesso aqui ao Senado, na Câmara dos Deputados e fazia doações a campanhas políticas. É um modus operandi já muito conhecido e que, a meu ver demonstra, que eles não esperavam, em momento algum, serem apanhados, eles tinham tanta tranquilidade que eles permaneceriam ocultos e esse patrimônio serviria para que eles continuassem tendo uma vida de bilionários”, opinou.

O senador disse ainda que aguarda a resposta do ministro do STF, André Mendonça, retornar o pedido da CPMI para ouvir o depoimento de Camisotti. Um habeas corpus do ministro deu a Camisoti o direito de não ser obrigado a depor no colegiado.

“O Camisotti é fundamental nessa investigação para entender como todas essas peças se encaixam nesse esquema de roubo da previdência brasileira. Pedimos uma reconsideração no habeas corpus que ele concedeu de que o senhor Camisotti poderia comparecer se ele desejasse. Estamos aguardando uma resposta do ministro que estava viajando na semana passada. Espero que nesta semana nós possamos [ter a resposta], se for necessário farei uma nova visita ao STF”, disse.

Uma das associações investigadas na operação da PF e CGU por descontos indevidos em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS, é a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (AMBEC)

Segundo a investigação, a associação é supostamente controlada por “laranjas” ligados a Mauricio Camisotti. Em 2021, as contribuições dos associados foram de R$ 135. Em 2022, o montante saltou para R$ 14,9 milhões em 2022 e indo para R$ 91 milhões, em 2023.  

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