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Mais de 180 países devem enviar metas até COP30, diz especialista

25.08.2025 3 min read

O diretor global da NDC Partnership, Pablo Vieira, disse que mais de 180 países devem entregar metas climáticas atualizadas antes da COP30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que vai acontecer em Belém no mês de novembro.

Cerca de 80% dos países estão atrasados em atualizar o compromisso para reduzir gases do efeito estufa.

Essas metas são conhecidas como Contribuições Nacionalmente Determinadas, NDCs na sigla em inglês. São instrumentos estabelecidos no Acordo de Paris para limitar o aumento da temperatura global a 1,5 °C.

A NDC Partnership é uma coalizão global criada em 2016, na COP22, para facilitar a cooperação entre governos, organizações internacionais e atores não estatais para acelerar a resposta à mudança do clima.

“Embora atualmente tenhamos talvez 29 NDCs na mesa, a expectativa, pelo o que ouvimos dos países, é que até a COP30 teremos mais de 180. Os países estão demorando, mas acho que muito disso acontece por estarem buscando algo com maior qualidade. Eles entendem que precisam fazer um trabalho melhor para que as metas sejam realistas, implementáveis e passíveis de investimento”, disse Pablo Vieira.

“Por outro lado, a implementação bem-sucedida das NDCs ainda não foi alcançada na maioria dos países em desenvolvimento na escala necessária. E a atual situação geopolítica só tornará as coisas mais difíceis”, complementou.

O diretor NDC Partnership participou de um dos eventos de abertura da Rio Climate Action Week (RCAW) nesta segunda-feira (25), no Museu do Amanhã.

Até o dia 29 de agosto, estão previstos mais de 200 eventos sobre mudanças climáticas organizados pelos setores público e privado, além de diferentes organizações da sociedade civil.

O cientista e copresidente do Painel Científico para a Amazônia, Carlos Nobre, esteve no evento e reforçou as preocupações sobre o aquecimento global. Segundo o pesquisador, mudanças são urgentes para evitar que o bioma seja alterado permanentemente.

“A floresta amazônica está muito perto do ponto de não retorno por essa interação entre desmatamento, degradação, fogo e aquecimento global. Tivemos 4 secas muito profundas recentemente: 2005, 2010, 2015/2016 e 2023/2024. Essas secas fazem com que a reciclagem de água seja muito menor. Qual o resultado: a estação seca está até cinco semanas mais longa nas últimas décadas”, disse o cientista.

“Inúmeros estudos indicam que se continuarmos com o desmatamento, e o aquecimento global passar de 2ºC, não tem como salvar mais a Amazônia. Ela vai se auto degradar em 30 ou 50 anos em até 70%. E vai virar um sistema parecido com savana. E vai jogar, até 2100, mais de 250 bilhões toneladas de gás carbônico na atmosfera”, complementou.

Outra participação de destaque na abertura da RCAW foi Taily Terena, jovem cientista social e antropóloga, que integra parte do Conselho Nacional de Mulheres Indígenas e compõe o Fórum Permanente sobre Assuntos Indígenas das Nações Unidas. Ela trouxe a experiência de quem está vivendo de perto as mudanças climáticas na Amazônia.

Natural do povo Terena, do Mato Grosso do Sul, Taily destacou o efeito das secas na rotina dos indígenas.

“A água está acabando no Pantanal por conta dos incêndios que o agronegócio tem causado. Ano passado foi um dos anos mais tristes que eu já vi. Eu nasci na cidade, mas nas férias tenho a memória de tomar banho nas lagoas naturais da aldeia. E a gente costumava nadar e mergulhar fundo. Hoje, a água não chega nem no nosso tornozelo. Em épocas da seca, como agora em agosto, a gente vê os peixes boiando mortos por conta do calor”, relata Taily.

Para a indígena, eventos sobre o clima, que aumentaram em 2025 no país por conta da COP30, são oportunidades para gerar mais engajamento e ações em defesa das florestas e de todo o meio ambiente.

“Ter a COP 30 esse ano aqui no Brasil é muito importante para a gente mostrar ao mundo que o Brasil é um grande negociador e um grande protetor das florestas. Mas a implementação das leis só vai acontecer se nós brasileiros, e todos os movimentos da sociedade civil cobrarmos mais ações dos poderes públicos e do setor privado”, disse Taily.

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