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Com COP30 no Brasil, vigília religiosa pede conscientização ambiental

30.08.2025 4 min read

Um enorme gramado entre dois ícones da arquitetura do Rio de Janeiro, a Igreja da Candelária e o Centro Cultural Banco do Brasil, no centro da cidade, foi o local escolhido para receber a edição carioca da Vigília pela Terra, neste sábado (30).

A pouco mais de 70 dias para a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém, a vigília é um encontro inter-religioso de conscientização sobre a necessidade de interromper a marcha do aquecimento global, responsável pelas tragédias ambientais cada vez mais constantes e danosas.

O evento é organizado pelo Instituto de Estudos da Religião (Iser), organização da sociedade civil e de caráter laico. Além da presença de líderes religiosos locais, centenas de pessoas tinham ao dispor uma programação com apresentações musicais, de dança e gastronomia.

A diretora-executiva do Iser, Ana Carolina Evangelista, explica que o papel da vigília é mostrar a importância da mobilização e proteção ambiental a partir dos grupos de fé.

“Os grupos de fé, a partir das suas vertentes, livros sagrados, crenças, são originalmente protetores da casa comum, da natureza, da Terra. É muito importante ter representantes dos grupos religiosos como aliados na proteção ambiental e na sensibilização da população”, disse à Agência Brasil.

Ana Carolina atribuiu também à vigília o combate ao negacionismo.

“A gente está falando do Brasil de 2025, do mundo de 2025, onde existem muitas forças, sejam políticas ou econômicas, contrárias à proteção ambiental”.

A COP30 é um encontro internacional que reúne autoridades, especialistas, acadêmicos, ambientalistas, ativistas e representantes da sociedade civil de vários países. A série de atividades ocorrerá de 10 a 21 de novembro. O ponto principal das reuniões é o combate ao aquecimento global e justiça climática, de forma que populações vulnerabilizadas não sofram mais.

Cinco regiões

A primeira vigília inter-religiosa foi realizada em 1992, quando a cidade do Rio de Janeiro recebia a Rio 92, segunda Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

O encontro da sociedade civil reuniu cerca de 30 mil pessoas e contou com a presença de líderes religiosos como Dalai Lama (budismo), Dom Helder Câmara (catolicismo) e Mãe Beata de Iemanjá (religiões de matriz africana).

Neste ano de COP30, a série de vigílias passará pelas cinco regiões do país.

A primeira foi realizada em Brasília, em abril. Em maio, esteve em Porto Alegre. Depois do Rio de Janeiro, passará por Manaus e Natal, em setembro. Em outubro, estará em Recife. O ponto alto será em Belém, sede da COP30, no dia 13 de novembro.

A diretora-executiva do Iser explicou que o fato de haver várias vigílias é uma forma de levar conscientização e buscar contribuições de forma descentralizada.  

“A gente selecionou capitais em todas as regiões exatamente para visibilizar o que as lideranças religiosas nessas capitais estão fazendo pela promoção do meio ambiente”, disse.

Ana Carolina Evangelista classifica a recepção das vigílias, por parte do público, como calorosa e de muito engajamento. Para ela, isso se explica pela ligação dos líderes religiosos locais com as pessoas das comunidades.

Ela conta que o evento é organizado de forma a garantir pluralidade dos grupos religiosos e “também a recepção de quem não tem religião”.

Mensagem para todos

Maria Lalla Cy Aché faz parte do grupo Danças da Paz Universal. Ela participou de uma apresentação com dançarinos no palco montado para a vigília. Na visão dela, a atividade, que chama de dança meditativa, é uma forma de espalhar conscientização entre as pessoas.

“É a nossa prática principal. A gente canta, dança e toca, tem uns músicos maravilhosos que tocam como uma forma de você espalhar energia positiva, pensamentos edificantes”, contou à Agência Brasil. “A gente precisa repensar o mundo, um mundo mais justo, mais amoroso, mais fraterno”.

Respeito ao sagrado

O babalaô Ivanir dos Santos considera que a preocupação com o meio ambiente é ponto central de religiões tradicionais de matriz africana, que consideram sagrados elementos como terra, água e o fogo.

“Quando eles estão em equilíbrio, tudo vai muito bem. Quando dá um desequilíbrio, obviamente todos nós vamos sofrer. Então, as religiões que têm espiritualidade ligada a esses elementos são as primeiras preocupadas com o que acontece”, disse.

Ele acredita que eventos como a vigília traz a perspectiva da espiritualidade e respeito à natureza como sagrada.

“É justamente quando ela deixa de ser sagrada que passa a ser explorada”. Ela pondera que os recursos naturais podem ser explorados, mas somente o que é necessário, sem ganância.

“Se não tem equilíbrio, nós vamos desaparecer também. Não é só a natureza”, disse à Agência Brasil.

O babalaô, conselheiro da organização da sociedade civil Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), avalia que é bom religiosos trazerem a preocupação com o ambiente para espaços de mobilização.

“Ainda mais sendo o Brasil um país extremamente espiritualista. Não é só cristão. Todo mundo no Brasil tem fé em alguma coisa. Uma minoria não tem, mas a maioria tem fé”, aponta.

Segundo o Censo 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 90% da população brasileira tem algum tipo de fé. A maioria dos brasileiros segue a religião católica (56,7%), seguida por evangélica (26,9%), espírita (1,8%) e umbanda e candomblé (1%). 

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