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Cerrado brasileiro perdeu 28% da vegetação nativa em 40 anos

01.10.2025 4 min read

Uma análise dos dados da série histórica do Mapbiomas sobre o uso do solo no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (1º), traz dados alarmantes sobre o Cerrado, que ocupa 23,3% de todo o território do país. De acordo com o estudo, em 40 anos, o bioma perdeu 40,5 milhões de hectares, equivalentes a 28% de vegetação nativa.

Essa mudança somada ao que já havia sido transformado antes do período entre 1985 e 2024, resulta em uma transformação total de quase metade, 47,9%, do Cerrado.

“Os impactos disso vão desde a fragmentação de habitats e a pressão sobre os serviços ecossistêmicos até mudanças regionais no regime hídrico, o que pode tornar o bioma mais vulnerável aos extremos climáticos”, alerta a analista de pesquisa do IPAM e da equipe do Cerrado do MapBiomas, Bárbara Costa.

A formação savânica foi a mais atingida ao longo de todo o período com uma redução de 26,1 milhões de hectares, seguido das formações florestais reduzidas em 10,5 milhões de hectares. Os campos alagados também diminuíram 1,3 milhão de hectares.

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Pastos e agricultura

As atividades humanas que ocuparam esses espaços foram principalmente o uso do solo para pasto, agropecuária e silvicultura, que, em 2024, já respondiam por 24, 1%, 13,2% e 1,7% do território do bioma. Apesar das pastagens ocuparem mais espaço, a agricultura foi a atividade que mais avançou nos últimos 40 anos, tendo registrado uma variação de 533% desde 1985 e um avanço sobre 22,1 milhões de hectares.

O estudo aponta que as pastagens tiveram um crescimento significativo até 2007, mas nos anos seguintes a agricultura foi ganhando mais espaço. As lavouras temporárias, como a de soja, ocupavam, em 2024, 25,6 milhões de hectares enquanto a agricultura perene, como o café, estava, no ano passado, em 700 mil hectares do bioma.

“O Cerrado vem sendo transformado em ritmo acelerado nas últimas quatro décadas. Com maior supressão da vegetação nativa entre 1985 e 1995 e depois nas décadas seguintes, a agricultura se expandiu e se intensificou, consolidando-se como região central da produção agrícola do país, principalmente para grãos”, aponta a pesquisadora Bárbara Costa.

A Agropecuária era predominante em 42% dos municípios do Cerrado, no ano inicial do estudo. Passados 40 anos, esse percentual passou a 58%, enquanto que os municípios com mais de 80% da vegetação nativa no Cerrado, em 2024, representam apenas 16% do total.

Água natural

Entre 1985 e 2024, o Cerrado passou por uma transformação em relação a cobertura de água no bioma, corpos naturais como rios, lagos e veredas deram lugar à água antrópica, como hidrelétricas, reservatórios, aquicultura e mineração. Essa mudança levou o bioma a registrar a maior cobertura de água em 2024, com 0,8% do bioma coberto por corpos hídricos, equivalentes a 1,6 milhão de hectares.

No detalhamento do estudo, o balanço entre ganhos e perdas de superfícies de água ao longo de todo o período revelam que em 2024, 60,4% do total do território coberto por água tem natureza antrópica.

Vegetação remanescente

A maior parte da vegetação nativa remanescente está concentrada na região dos estados do Maranhão, Tocantins, de Piauí e da Bahia, também chamada de Matopiba. Juntos, os quatro estados respondem por 30% do Cerrado brasileiro.

Apesar de ainda ter uma área extensa de ecossistema preservado, o Matopiba perdeu 15,7 milhões de hectares em 40 anos. O avanço da supressão de vegetação nativa na região foi mais intenso na última década da pesquisa, entre 2015 e 2024, período em que a região respondeu por 73% da reversão em uso do solo pelo homem.

De acordo com os pesquisadores, nesse último período, o Cerrado perdeu 6,4 milhões de hectares de vegetação nativa e o Matopiba foi responsável por 4,7 milhões de hectares de supressão. A agricultura avançou, inclusive sobre áreas já transformadas, ocupando um total de 5,5 milhões de hectares.

A maior parte da vegetação nativa está presente nos Territórios Indígenas, que conseguem manter 97% de Cerrado integral em suas terras, assim como as áreas militares e as Unidades de Conservação preservam respectivamente uma média de 95% e 95% de seus territórios.

Na comparação com outras formas de ocupação, como áreas urbanas, onde apenas 7% do Cerrado permanece em pé, o contraste é evidente. Outras formas de ocupação como imóveis rurais e terras ser registro também são menos preservadas, com a manutenção de apenas 45% e 49% respectivamente. 

De acordo com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, entre agosto de 2024 e julho de 2025, o Cerrado registrou uma queda de 20,8% da área sob alerta de desmatamento, mas 5.555 km² de área do bioma ainda permaneceu sob alerta, entre agosto de 2024 e julho de 2025.

O órgão é responsável pelo Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) e pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento por Satélite (Prodes), operados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

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