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Captura e domesticação colocam animais silvestres em risco

28.05.2025 3 min read

Dóceis, pequeninas e raras, as ararajubas (Guaruba guarouba) são pássaros que chamam a atenção pela plumagem amarela intensa que se complementam com o verde-bandeira, presente na ponta das asas. Toda essa beleza e cordialidade fazem dessa ave alvo fácil da captura e tráfico de animais silvestres.

Em Belém, no Parque do Utinga, dois indivíduos, uma fêmea e um macho, esperam no aviário pelo dia em que poderão ganhar voo e se juntarem às outras cerca de 50 aves reabilitadas e soltas pelo Projeto Ararajuba, mas talvez isso não aconteça.

“Algumas delas têm origens complicadas de apreensões e acabam ficando mansas, não voam perfeitamente e têm comportamentos que são incompatíveis com a vida livre”, explica o biólogo de campo do projeto, Marcelo Rodrigues.

Ao se aproximar do espaço restrito onde as aves são afastadas do contato humano, uma das ararajubas logo tenta interagir com o biólogo, mas o profissional alerta que esse tipo de comportamento, é exatamente o que põe em risco a vida dessas aves.

“É necessário que elas desacostumem com a presença humana, se não corre o risco de serem recapturadas”.

Durante o período em que permanecem no aviário do projeto, além do distanciamento dos humanos, elas são alimentadas apenas com frutos nativos.

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Esses dois indivíduos de ararajuba são vítimas de captura, posse irresponsável e tráfico de animais silvestres, que atingiu cerca de 13 milhões de espécimes de fauna e flora em 162 países, entre os anos de 2015 e 2021, segundo aponta o Relatório Global sobre Crimes contra Espécies Silvestres.

De acordo com o especialista em conservação e programas do WWF-Brasil, Marcelo Oliveira, a ciência tem demonstrado que o declínio das populações de animais silvestres é uma realidade há décadas.

“As espécies de fauna são fundamentais para manutenção das florestas, rios, campos e outros ambientes que garantem a segurança climática do planeta. A retirada de animais e seu ‘encarceramento’ fora de seu ambiente natural contribui para esse processo,” explicou Oliveira.

Nova ameaça

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou que muitos desses animais terminam afastados de seus ambientes naturais por uma prática crescente entre jovens conectados às redes sociais, a da postagem de fotos de animais pouco comuns.

“A juventude brasileira, especialmente a geração conectada às redes sociais, é hoje o principal público consumidor de animais silvestres como bichos de estimação. Esses jovens, em busca de originalidade e visibilidade digital, são atraídos por espécies exóticas”, explica a coordenadora-geral de Gestão e Monitoramento do Uso da Fauna e da Biodiversidade Aquática do órgão federal, Graciele Gracicleide Braga.

A ararajuba, por exemplo, existe apenas no Brasil e em um território reduzido que ocupa parte do estado do Pará e pequenas porções dos estados do Maranhão, Amazonas, de Rondônia e Mato Grosso. Atualmente é uma espécie classificada como em perigo de extinção.

Além de projetos como o de Belém, que tem como objetivo restabelecer a população desses animais em regiões onde eles já haviam sido extintos, os centros de Triagem de Animais Silvestres do Ibama relataram que, somente em 2023, mais de 30 mil animais silvestres de diversas espécies foram soltos após passarem por reabilitação.

Para conscientizar a população sobre os impactos negativos da exposição de animais em ambientes domésticos, o Ibama e a WWF-Brasil se uniram na campanha “Se não é livre, eu não curto”.

Segundo o diretor do Departamento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, a exposição desses animais em contextos domésticos contribui para a demanda por espécies da fauna brasileira, impulsionando o tráfico e agravando os impactos sobre a biodiversidade.

“É fundamental promover a diferenciação entre animais silvestres e domesticados e reforçar que o bem-estar da fauna está diretamente relacionado à sua permanência em habitat natural”, afirmou.

Além da campanha, o Ibama também disponibiliza um canal para denúncias anônimas de práticas ilegais pela Linha Verde, que pode ser acessada de forma gratuita pelo número 0800 061 8080.

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