Nobel de Medicina vai para cientistas americanos e japonês
Os cientistas norte-americanos Mary Brunkow, Fred Ramsdell e o japonês Shimon Sakaguchi são as escolhas de 2025 para o Prêmio Nobel de Medicina , que distingue “descobertas sobre a tolerância imunitária periférica”.
“As suas descobertas lançaram as bases para um novo campo de investigação e estimularam o desenvolvimento de novos tratamentos, por exemplo, para o câncer e doenças autoimunes”, afirmou o Comitê do Nobel em comunicado.
Brunkow e Ramsdell residem nos Estados Unidos, e Sakaguchi, no Japão. O trio recebeu o título pelo trabalho sobre tolerância imunológica periférica, uma forma que o corpo tem de ajudar a impedir que o sistema imunológico fique desequilibrado e ataque os seus próprios tecidos em vez de invasores estranhos.
O prêmio deste ano “relaciona-se com a forma como mantemos o nosso sistema imunitário sob controle para que possamos combater todos os micróbios imagináveis e, ao mesmo tempo, evitar doenças autoimunes”, disse Marie Wahren-Herlenius, professora no Instituto Karolinska.
Anúncios
A divulgação dos prêmios Nobel deste ano começa nesta segunda-feira (6), com o anúncio do vencedor da categoria de Medicina e ao longo da semana serão conhecidos os de Física, Química, Literatura e Paz.
O anúncio da última categoria, Economia (Ciências Econômicas), será feito no início da próxima semana, no dia 13.
Todas as categorias serão anunciadas em Estocolmo, Suécia, exceto o Nobel da Paz que, como habitualmente, será atribuído pelo Comitê Nobel Norueguês e terá como cenário o Instituto Nobel Norueguês, em Oslo.
Na edição deste ano, o Nobel da Paz concentra as atenções por causa do presidente norte-americano, Donald Trump, cujo nome foi sugerido publicamente pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,
Trump já afirmou que será um insulto para os Estados Unidos se não receber o Nobel da Paz, pela “dedicação inabalável e excecional à promoção da paz, da segurança e da estabilidade em todo o mundo”.
O governante norte-americano foi também proposto para o Nobel da Paz pelo Paquistão, pelo seu “trabalho na resolução do conflito entre a Índia e o Paquistão”.
Em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, há cerca de 10 dias, o presidente norte-americano garantiu que, desde que voltou a assumir o poder na Casa Branca, em janeiro passado, tinha acabado com sete guerras, sem, no entanto, relacioná-las.
“Toda a gente diz que deveria ganhar o Prêmio Nobel da Paz por cada uma dessas conquistas, mas, para mim, o verdadeiro prêmio serão os filhos e filhas que viverão para crescer com as suas mães e pais porque milhões de pessoas vão ser mortas em guerras intermináveis”, disse.
Se Trump ganhar o prêmio, será o quinto presidente dos Estados Unidos laureado com o Nobel da Paz, depois de Theodore Roosevelt, Woodrow Wilson, Jimmy Carter e Barack Obama.
Os prêmios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à humanidade.
O inventor da dinamite manifestou seu desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes de sua morte. Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.
As cerimônias de atribuição dos prêmios ocorrerão no dia 10 de dezembro, data de aniversário do seu fundador.
*Com informações da Lusa
*É proibida a reprodução deste conteúdo.



Marcha: livro mostra desafios de mulheres negras nas eleições
Marcha trans e travesti pede garantia de direitos e fim da violência
Nigeriano critica soluções ilusórias para África na agenda climática
Novo rascunho de documento da COP30 avança em alguns pontos