No aniversário do genocídio, Israel bombardeia Gaza e ordena nova evacuação em Khan Yunis
O governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizou novos bombardeios contra a população palestina da Faixa de Gaza e ordenou a evacuação em Kahn Yunis nesta segunda-feira (7). O anúncio de mais violência contra palestinos ocorre quando completa-se um ano do massacre cometido por Israel na Faixa de Gaza – considerado genocídio pela África do Sul e cerca de 50 países em um caso que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ) da ONU, em Haia.
Segundo a rede Al Jazeera, as forças israelenses acabaram de atacar o campo de refugiados de Jabalia, onde pelo menos oito palestinos foram mortos, entre eles o irmão de um de seus cinegrafistas, cuja família foi separada pelos ataques, informou o site. "Alguns deles ficaram no norte, enquanto ele foi evacuado para o sul com outros membros da família. Eles sobreviveram a um ataque israelense a Jabalia em novembro de 2023 e agora seu irmão foi morto."
Outra invasão terrestre está acontecendo na parte norte da Faixa de Gaza, especialmente em Jabalia e Beit Lahiya.
O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), Philippe Lazzarini, disse que um ano de “guerra brutal” tornou Gaza irreconhecível e “um cemitério para dezenas de milhares de pessoas, entre elas muitas crianças”.
“Um ano se passou e não se passa um dia sem que as famílias de Gaza sejam submetidas a um sofrimento indescritível, já que o deslocamento forçado, as doenças, a fome e a morte se tornaram a norma diária para dois milhões de pessoas presas em um enclave bombardeado e sitiado”, postou Lazzarini em seu perfil na rede social X.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, território palestino governado pelo Hamas, informou nesta segunda-feira um novo número de 41.909 mortes desde o início da guerra com Israel, há um ano.
Pelo menos 39 pessoas morreram nas últimas 24 horas, afirmou em comunicado.
No total, 97.303 pessoas ficaram feridas em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023.
*Com Al Jazeera e AFP