Israel reivindica morte do novo chefe do Estado-Maior iraniano

Israel reivindicou nesta terça-feira (17) a morte do chefe do Estado-Maior iraniano, Ali Shadmani, que assumiu o cargo há alguns dias, depois de o antecessor ter sido morto em ataques das forças israelenses.
Shadmani era “o comandante militar de mais alta patente e a figura mais próxima” do líder supremo do Irã, o ayatollah Ali Khamenei, disse o Exército israelense em comunicado.
O Exército acrescentou que o bombardeio foi lançado durante a noite contra “um centro de comando no coração” da capital iraniana, Teerã, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.
“Pela segunda vez, as Forças de Defesa de Israel [FDI, na sigla em inglês] eliminaram o chefe do Estado-Maior do Irã, o mais alto comandante militar do regime”, afirmou o Exército.
Os militares de Israel acrescentaram que, nos últimos anos, Shadmani “influenciou diretamente os planos operacionais do Irã para atacar o Estado de Israel”.
O Irã não confirmou a morte de Shadmani.
“Antes da eliminação do antecessor, Shadmani era o vice-chefe do Comando Khatam al Anbiya – o comando unificado das Forças Armadas, independente do Estado-Maior desde 2016 – e diretor de Operações do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas”, disse o Exército israelense.
Lembrou que “a eliminação de Shadmani vem juntar-se a uma série de eliminações de oficiais militares de topo do Irã”, algo que “degrada a cadeia de comando das Forças Armadas iranianas”.
Shadmani foi nomeado chefe do Comando Khatam al-Anbiya em 13 de junho, horas depois de o antecessor, Qolamali Rashid, ter sido morto num bombardeio israelense.
A nomeação foi feita por decreto aprovado por Khamenei para substituir vários oficiais superiores mortos pelo Exército israelense no primeiro dia da ofensiva contra o Irã.
Israel justificou a ofensiva com os progressos do programa nuclear do Irã e a ameaça que a fabricação de mísseis balísticos pela República Iranaina representa para o país.
Desde então, os aviões israelenses atacaram infraestruturas militares, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, especialmente em Natanz, Isfahan e Fordo.
Foram também atacados altos responsáveis da Guarda Revolucionária Iraniana e cientistas nucleares.
No Irã, os ataques deixaram pelo menos 229 mortos, segundo balanço do governo de Teerã.
Em Israel, os lançamentos de mísseis iranianos mataram 24 pessoas até o momento, segundo as autoridades.
*É proibida a reprodução deste conteúdo.