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Israel pratica genocídio, colonização e apartheid, diz Ilan Pappe

06.08.2025 3 min read

O historiador israelense antissionista Ilan Pappe defendeu o uso de “linguagem correta” para definir o que acontece na Faixa de Gaza atualmente: genocídio, colonização, limpeza étnica e apartheid. A declaração foi feita, nesta quarta-feira (6), no evento Da Limpeza Étnica ao Genocídio na Palestina, realizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

“Chamar os atos praticados pelo estado de Israel desde outubro de 2023 como genocídio é uma contribuição importante para que a gente enderece o assunto, usando a linguagem correta, não apenas sobre o que aconteceu nos últimos dois anos, mas o que aconteceu nos últimos 140 anos.”

Pappe é professor na Universidade de Exeter, na Inglaterra. Mídia, instituições políticas, acadêmicos e lideranças, segundo ele, têm utilizado uma linguagem equivocada sobre os acontecimentos na Palestina, o que perpetua uma série de mitos que atendem ao projeto sionista e que levam à situação atual, em que há uma ofensiva de Israel contra Gaza. Essa narrativa foi desenvolvida e praticada, alertou o professor, para justificar o que é feito contra a população palestina e dar imunidade ao estado israelense.

O historiador criticou a forma como a história da Palestina é contada em diversas universidades, especialmente no Hemisfério Norte.

“Quase não há universidade no Norte Global que ensine sionismo como um projeto de colonização e as resistências como um movimento anticolonial.”

“Fica claro que Israel é considerado pela Europa como parte dela. Nesse contexto, há muito pouca esperança de que o Norte Global tome alguma ação para coibir a ação de Israel sobre o povo palestino”, avaliou. Pappe aponta que Israel é resultado de uma solução europeia para o antissemitismo europeu, o que aconteceu às custas da população árabe e palestina.

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Para combater esse cenário, ele defende que o tema seja alvo de estudos.

“Limpeza étnica é mais do que uma política, é uma ideologia. E, se a gente não estudar, não analisar a conexão entre a ideologia sionista e o genocídio, a gente nunca vai conseguir impedir as ações do estado israelense contra a população palestina.”

O historiador relata que, inicialmente, o projeto sionista foi chamado de movimento de retorno e de redenção, e não o que era na prática: um projeto de colonização. “Continuaram chamando os palestinos de nômades, como se fosse uma população que não se importaria em seguir o caminho por outras terras, em vez de chamá-los corretamente como vítimas de uma limpeza étnica e vítimas do projeto sionista de colonizar o estado palestino”, disse Pappe.

“A gente tinha esperança de que as cenas [divulgadas] de Gaza, que o horror [divulgado], que cenas tão explícitas, seriam suficientes para mudar a linguagem de como é tratada essa dinâmica, esses atos criminosos.”

Pelo contrário, segundo o historiador, acadêmicos que ousaram dar nome ao extermínio da população palestina sofreu ameaças, além de ser rotulado como apoiadores do terrorismo.

Pappe ressalta, no entanto, que a sociedade civil e alguns acadêmicos de poucos países têm trazido uma nova compreensão sobre a situação. “Me dá muita esperança e encorajamento que, em uma universidade de São Paulo, nós podemos usar a linguagem correta para nos referir à Palestina. Mas não devemos tomar isso como dado, devemos lembrar que isso pode ruir. Eu falo em universidades ao redor do mundo inteiro e eu sei quão precioso isso é.”

O evento reuniu ainda vozes ativas em defesa da Palestina, representantes de diversas instituições renomadas, que denunciaram uma colonização sionista, limpeza étnica, apartheid, ocupação militar e o atual genocídio na Faixa de Gaza.

Entre os participantes, estavam Arlene Clemesha (diretora do CEPal-FFLCH/USP), Francisco Rezek (ex-ministro do STF), Paulo Casella (professor e membro do Fórum Permanente sobre Genocídios e Crimes contra a Humanidade da USP), Paulo Sérgio Pinheiro (professor e ex-Ministro da Secretaria de Estado de Direitos Humanos), Soraya Misleh (dirigente da Frente Palestina São Paulo), Júlia Wong (presidenta do Centro Acadêmico XI de Agosto) e Maira Pinheiro (advogada).

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