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Atleta aponta falta de orientação a turistas em trilha na Indonésia

24.06.2025 4 min read

A triatleta e maratonista Isabel Leoni fez, em 2015, a trilha de três dias ao Mount Rinjani, com 3.726 metros de altura, vulcão localizado a cerca de 1.200 quilômetros de Jacarta, na ilha de Lombok, na Indonésia. Foi nesse local que a brasileira Juliana Marins, de 26 anos, despencou do penhasco que circunda a trilha junto à cratera do vulcão no sábado (21). Juliana foi encontrada morta nesta terça-feira (24).

“A gente subestima muito a montanha. A gente acha que está chegando, [que] é rápido e, quando vê, não é logo ali, demora muito, é muito esforço, requer preparo e técnica”, diz a montanhista à Agência Brasil.

Isabel lembra que fez o passeio com dois amigos e que não estava preparada para o frio rigoroso. O guia dava muito pouca água e comida aos visitantes. “Eu era inexperiente. Se hoje eu fosse para lá, levaria uma garrafa d’água, comida, isotônicos e remédio.”

Segundo a atleta, o lugar é muito bonito e sagrado para a religião local, com festas e cerimônias em determinadas épocas do ano. Segara Anak significa “Filho do Mar” em indonésio. Este é o nome dado ao lago vulcânico que se formou na cratera do Monte Rinjani após uma erupção. O nome reflete a crença local de que o lago é uma extensão ou “cria” do mar, já que sua água do é considerada sagrada e está ligada a rituais tradicionais das populações Sasak e balinesas.

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A montanhista destaca que a trilha é uma das rotas mais famosas da Indonésia e atrai turistas de todo o mundo.

No primeiro dia, Isabel contra que se sobe e dorme-se na crista do vulcão, que é uma grande cratera.

“Eu e meus amigos estávamos muito despreparados. Os guias de lá não avisam direito sobre o que vamos enfrentar. Eles vivem em situações muito precárias de trabalho. Faziam a trilha de chinelo. Não há protocolos informando quais são os equipamentos obrigatórios, como casacos e sacos de dormir. Você olhava e achava que estava perto, mas o cume nunca chegava. Era uma areia bem fofa. A cada dois passos, você voltava um. Já era uma altitude considerável e muito poeira. Eu estava com poucos casacos. Meus dedos do pé congelavam. Eu não conseguia andar de tanto frio. Não consegui chegar ao cume. No segundo dia, você desce tudo de volta, dorme à beira do lago na base dessa cratera. No terceiro dia, sobe-se a outra crista e depois desce”, recorda Isabel.

 O presidente da Associação Brasileira de Guias e Montanhas, Silvio Neto, disse à Agência Brasil que o que mais tem ocorrido são pessoas despreparadas para as atividades ou por uma informação errônea passada por outra pessoa ou pela falta de busca de informações. 

“A pessoa pouco se informa sobre o que deve levar, o que deve vestir, alimentação, hidratação, repelente, protetor solar. As pessoas não têm muito noção de desnível do terreno, de distância. Muitas fazem a trilha de chinelo, sem levar uma garrafa d’água, mais preocupadas em levar o celular para tirar uma foto”, afirmou.

De acordo com Silvio Neto, as pessoas não se procuram ter mais informações sobre a trilha.

“Elas querem ir. Com as redes sociais, as pessoas querem replicar na sua rede social uma foto que acharam linda. A busca das pessoas é por autopromoção. A interação com a atividade, a reflexão e o autoconhecimento que você tem na caminhada, na escalada, no montanhismo, de interação com a natureza, de observar a flora, escutar a flora, sentir o cheiro, isso está se perdendo em detrimento de uma foto”, afirmou Neto.

Rochas frágeis

Para o montanhista Pedro Hauck, a trilha no vulcão pode representar um desafio para quem não tem experiência. “Pelo que pude perceber, foram duas as dificuldades. Primeiro, o tempo. Como a montanha fica a apenas 8 graus de latitude sul em uma ilha. É um local que chove bastante e a montanha está coberta com nuvens constantemente. Por isso, a dificuldade de um resgate por helicóptero”, disse Hauck.

O alpinista também destacou que não há uma equipe de resgate no local nem bombeiros profissionais como no Brasil. “Então uma das dificuldades é que na Indonésia foi preciso ocorrer o acidente para que uma equipe fosse mobilizada e isso levou tempo. Sem o auxílio de helicóptero, foi necessário fazer o resgate por cordas. Porém o Rinjani é um vulcão com rochas frágeis. Dá para ver nos vídeos que a maior parte das rochas são pedras pomes, de baixa resistência. Por isso, a equipe de resgate precisou levar um tripé de trabalho em altura”.

Hauck acrescenta que na encosta onde a Juliana caiu, há muita pedra pome solta, formando rampas de sedimentos de seixo, impossível de se ficar em pé. “Ela foi escorregando ao longo dos dias. O tempo entre o acidente e a resposta foi muito longo por não ter uma equipe de prontidão e nem estrutura pronta para realizar o resgate. O resultado foi esse: resgataram um corpo e não a vítima com vida”.

*Matéria ampliada em 25/06 às 12h25 para acréscimo da análise do montanhista Pedro Hauck.

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