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Sonia Guajajara é a primeira indígena doutora honoris causa da Uerj

29.05.2025 3 min read

“Registro número 155. Aos 28 dias do mês de maio do ano de 2025, em cerimônia solene realizada no Teatro Odylo Costa, filho da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi outorgado o título de doutora honoris causa a Sonia Guajajara, concedido pelos Conselhos Superiores em reconhecimento por sua relevante trajetória em nossa sociedade”.

Com essas palavras foi concedido o título à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, registrado no Livro Tombo de Ocorrências Históricas da Uerj. 

O livro, escrito à mão, que registra os atos e acontecimentos considerados de expressiva relevância histórica na trajetória da universidade, agora guarda o nome da primeira pessoa indígena a receber a honraria mais importante da universidade.

O nome de Sonia Guajajara está a algumas páginas de distância de outros que também receberam o mesmo título, como o compositor Antônio Carlos Jobim, o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o artista Gilberto Gil.

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A ministra recebeu a homenagem emocionada: “Como diz o maranhense, eu tô bestinha sem saber nem como é que se comporta. A gente não sabe se chora, se sorri, se sente, se paralisa”.

Segundo Sônia Guajajara, receber o título de doutora honoris causa é “antes de tudo o reconhecimento à trajetória coletiva dos povos indígenas do Brasil e do mundo”. 

A ministra também destacou a relevância da Uerj, que foi a primeira universidade pública a instituir o sistema de cotas. Posteriormente, esse sistema viraria lei nacional para todas as universidades federais.

“A Uerj entendeu isso muito antes de muitas outras instituições, quando há mais de duas décadas, de maneira pioneira no Brasil implementou as cotas raciais e sociais”, destacou a ministra.

“[A Uerj] reconheceu formalmente que o mérito acadêmico não pode ser separado das desigualdades estruturais que marcam a nossa sociedade. Com isso, possibilitou que milhares de jovens, negros, indígenas e periféricos, ocupassem lugares de produção de conhecimento e de transformação social”, disse.

Diante de um teatro ocupado por estudantes, parlamentares, representantes de movimentos sociais e professores, Sônia reforçou a importância da presença indígena nas mais diversas instituições brasileiras. 

“Espero abrir aqui muitos caminhos às crianças indígenas e a toda nova geração que conquista cada vez mais espaços dentro da nossa sociedade. Sinto uma alegria profunda ao ver a nossa geração ocupando as salas de aulas, os meios de comunicação, as artes, os parlamentos, o judiciário e também os espaços do Poder Executivo nos municípios, estados e também nos ministérios do Governo Federal”.

A ministra defendeu ainda a demarcação de terras e prestou solidariedade à ministra Marina Silva, atacada no dia anterior em audiência no Senado Federal. 

“Eu faço aqui esse registro e esse convite para que todas, que todos vocês abracem esta causa dos povos indígenas nessa luta pelo reconhecimento e demarcação dos nossos territórios. Nunca mais o Brasil sem nós”, finalizou.

Também em discurso, a reitora da Uerj, Gulnar Azevedo e Silva, reforçou a importância do título. 

“É uma imensa homenagem que a gente faz hoje para ela, mas para nós é um prazer enorme e é uma honra muito grande poder conceder o título de doutora honoris causa à ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. Essa é a primeira vez que a Uerj entrega a uma personalidade indígena o nosso grau máximo de reconhecimento, por contribuição à sociedade, à cultura e à ciência”.

Segundo Gulnar, a universidade conta hoje com 38 estudantes indígenas, ingressantes por meio das cotas sociorraciais, distribuídos em 24 cursos.

Os alunos de história Tangwa Puri e de pedagogia Thaís Guajajara, que estavam presentes na cerimônia, são dois desses estudantes. 

“Quando uma parente nossa está ali recebendo essa manifestação – que é simbólica, mas também que é muito real –, demonstra que a gente não precisa só estar na resistência. Demonstra que a gente também está existindo no Brasil, também está recebendo honrarias e reconhecimento dos nossos saberes”, disse Tangwa.

Thaís complementou: “A gente tem alguém que nos representa e que mostra que a gente pode estar lá um dia. É muito importante”.

 

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