Preço dos alimentos puxa inflação para cima, e prévia de 2024 fica em 4,71%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,34% em dezembro, acumulando uma inflação prévia de 4,71% em 2024, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). A meta de inflação estabelecida pelo Banco Central para 2024 é de 3,0%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, situando o resultado acumulado acima do teto de 4,5%.
O grupo Alimentação e Bebidas foi o principal responsável por essa elevação, com aumento de 1,47% no mês e acumulando 8,00% no ano, representando a maior contribuição para o índice anual (1,68 ponto percentual). Itens como óleo de soja (9,21%), alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%) tiveram aumentos significativos em dezembro. Por outro lado, produtos como batata-inglesa (-9,85%), tomate (-6,71%) e leite longa vida (-2,42%) apresentaram quedas nos preços.
Além disso, o grupo Despesas Pessoais registrou alta de 1,36% em dezembro, influenciado pelo aumento de 12,78% no preço do cigarro, decorrente da "elevação da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) a partir de 1º de novembro", explica o IBGE. No grupo Transportes, houve aumento de 0,46%, com destaque para a alta de 4,43% nas passagens aéreas.
Em contrapartida, o grupo Habitação apresentou queda de 1,32% em dezembro, impactado pela redução de 5,72% na energia elétrica residencial, resultado da adoção da bandeira tarifária verde, que não implica cobrança adicional nas faturas.
O IPCA-15 é considerado uma prévia da inflação oficial e reflete as variações de preços para famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos nas áreas urbanas.