Após 19 mortes pela Operação Escudo, Ouvidoria da PM vai até a Baixada Santista apurar denúncias de abusos
Desde o dia 2 de fevereiro deste ano, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo morreu durante uma ação da Operação Escudo em Santos (SP), 19 civis já foram assassinados na região, supostamente em confronto com agentes da Polícia Militar.
Moradores da Baixada Santista acusam a Polícia Militar de vingar a morte de Cosmo assassinando civis. Para apurar as acusações, a Ouvidoria da Polícia de São Paulo enviou uma delegação às cidades da região, que será acompanhada por representantes de movimentos sociais de defesa dos direitos humanos.
"A partir de denúncias que nos têm chegado através de moradores e grupos em redes sociais, com vídeos, fotos e áudios, nota-se um recrudescimento assimétrico da violência nos últimos 4 dias, com ênfase para a última sexta- feira, percepção que parte não apenas desta ouvidoria, mas compartilhada por diversas instituições e entidades de direitos humanos que têm atuado no episódio", informou a Ouvidoria em nota.
Também por nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que os "suspeitos que iniciaram confrontos contra as forças de segurança morreram. Todos os casos são rigorosamente investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário."
A terceira fase da Operação Escudo começou após a morte do PM Marcelo Augusto da Silva, assassinado em 26 de janeiro. Ele atuava na Operação Verão quando foi alvejado. No dia seguinte, o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, ordenou uma nova fase da Operação Escudo, deflagrada para capturar assassinos de policias.
Os moradores da Baixada Santista pode fazer denúncias a Ouvidoria pelo WhatsApp (11 97469 9812); por telefone: 08000 17 70 70 ou por e-mail [email protected].