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Oficina ensina escrita criativa a partir da cultura do slam no Rio

13.04.2025 4 min read

Foi na escola que o arte-educador e poeta Rafael Moreira, mais conhecido como Viajante Lírico, teve seu primeiro contato com a cultura hip-hop. Nascido em Paciência, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, o multiartista descobriu nos eventos organizados pela professora de história na época não apenas uma identificação, como também um caminho que poderia trilhar futuramente. 

“Era um festival de hip-hop. Juntava uma galera que dançava, que recitava poesia, que já estava envolvido com batalha de rima e tudo mais”, recorda. A partir desse primeiro contato, ainda no ensino fundamental, Rafael passou a se entender como um multiplicador, com a vontade de levar as mesmas oficinas das quais participou ao longo dos anos de escola para outros estudantes. Assim nasceu a “Oficina de Escrita e Slam”, em parceria com a Editora Ascensão. 

As oficinas são um desdobramento de um projeto maior iniciado por Rafael em 2015, o “Ocupa Hip-Hop”, que tem por objetivo ensinar e inspirar os jovens participantes por meio de um ciclo de aprendizado e empoderamento. Ao mesmo tempo, é fortalecido o compromisso da arte enquanto ferramenta de impacto social. 

“Acho que a arte tem esse papel fundamental para atuar junto com a educação e poder, de fato, transformar uma pessoa, fazer com que essa pessoa tenha um pensamento mais crítico e acredite mais em sonhos”, reflete o multiartista, que fez curso de escrita na Academia Brasileira de Letras, na turma Machado Quebradeiro, uma parceria entre a ABL, a Universidade das Quebradas e a Festa Literária das Periferias (Flup).

Liberdade para se expressar

Utilizando o formato das tradicionais batalhas de MCs, mas com foco em conhecimento, o projeto ensina jovens a argumentar, estruturar ideias e a se expressar com liberdade, estabelecendo uma metodologia educacional baseada na cultura hip-hop como ferramenta de ensino, expressão e transformação social. 

“Espaços como esse de liberdade de expressão, como as batalhas, como o slam, acabam sendo um instrumento de desabafo, de jogar para fora aquilo que você está pensando, que você está sentindo”, explica o poeta. “Esse movimento é um espaço de liberdade de expressão, de desabafo, de identificação e de representatividade que tem se tornado cada vez mais plural. Tudo isso gera um impacto muito grande”, continua.

“O Ocupa Hip-Hop é um projeto que tem como base utilizar elementos do hip-hop, como a rima, os fundamentos do DJ, o grafite e a break dance, como instrumento de transformação e de potencialização. O começo do projeto foi sempre nos espaços educacionais, depois estive em algumas faculdades levando esse projeto e ele ganhou vários desdobramentos, porque entendi também que outras pessoas, de diferentes idades, também precisavam desse conteúdo”, explica. 

Teoria e prática

Um desses “novos caminhos” é a “Oficina de escrita Criativa e Slam”, que se volta para o movimento crescente das rodas culturais de slam e das batalhas de rima para trabalhar dinâmicas de escrita criativa. As aulas acontecem todas as quartas-feiras no Instituto Via Solidária, em Campo Grande, ao longo de seis meses. As três primeiras semanas de cada mês são dedicadas a compreender os fundamentos do slam, com exercícios e debates sobre poesia e outros gêneros textuais para estimular a criatividade dos alunos.

Durante as aulas, os alunos também aprenderão sobre a história da poesia falada e as técnicas de composição, além de experimentarem performances práticas. Ao menos uma vez por mês, os alunos também terão contato com um autor convidado já presente no cenário literário. “Todo mês, a dinâmica vai ser essa. Vamos tirar as três primeiras semanas do mês para ter as oficinas, práticas de estímulo à escrita e fundamentos do slam e, sempre na última semana, um bate-papo com um autor, para também mostrar isso na prática”.

Ao final da oficina, os textos produzidos pelos alunos serão organizados em uma antologia, que será lançada pela Editora Ascensão. Para o arte-educador, a reunião das produções em um livro é um processo importante da oficina por proporcionar aos alunos a “a experiência de se lançar enquanto autor ou enquanto autora”, proporcionando aos estudantes a possibilidade de ver seu trabalho publicado e reconhecido.

“Acho que é um ponto de partida para essa pessoa de fato acreditar na sua escrita e que dá para viver disso, dá para levar isso também de uma maneira profissional, não apenas como um hobby. Acho que talvez esse seja um dos grandes objetivos: profissionalizar, mostrar que dá para viver enquanto autor, que dá para tornar isso um trabalho”, traz o poeta.

*Estagiária sob supervisão de Gilberto Costa

 

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