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Morre o pianista Miguel Proença, aos 86 anos

23.08.2025 3 min read

O piano está silente. As notas que dele saíram, fluidas e melodiosas, dão lugar ao vazio do luto. Sem colcheias, semínimas ou semibreves, apenas uma pausa infinita. É assim que o instrumento de trabalho de Miguel Proença recebe a notícia de sua morte.

O pianista gaúcho de renome internacional faleceu nessa sexta-feira (22), aos 86 anos. Ele estava internado desde junho no Hospital São Vicente, na Gávea, bairro do Rio de Janeiro. Proença teve falência múltipla de órgãos.

Nascido em Quaraí, na fronteira com o Uruguai, Miguel Proença ganhou o mundo à frente de um piano. Foi um dos grandes porta-vozes da música erudita brasileira na Europa, Ásia e América do Norte. Lecionou na Alemanha e no Rio de Janeiro e deu enorme contribuição para a música erudita brasileira.

“Ele foi um pianista maravilhoso. Ele tinha uma visão da música brasileira quando não se tinha”, explica o Gerente Executivo de Rádios da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Thiago Regotto.

“Como ele conviveu com parte dos grandes compositores, com Villa Lobos, com Camargo Guarnieri, com Radamés Gnattali, ele sabia na fonte qual era a importância da música brasileira de concerto. E ele gravou esses compositores e essas gravações circularam o mundo. Então, ele foi um dos pianistas responsáveis por levar a música brasileira de concerto para o exterior”, acrescenta.

Rádio MEC

Proença também produziu e apresentou programas na Rádio MEC entre as décadas de 1970 e 1990. No veículo, que atualmente integra a rede de comunicação pública da EBC, ele esteve à frente do clássico Música e Músicos do Brasil, programa que existe desde 1958. Nele, entrevistava grandes nomes da música erudita.

Na Rádio MEC, também produziu a série A Arte do Piano, onde contava a história de pianistas célebres e mostrava algumas de suas gravações.

O pianista não ficava só à frente das teclas. Por vezes, trocava o piano pelas mesas de trabalho, quando foi presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte) e Secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro. Também foi diretor da Sala Cecília Meirelles. “Essa veia na gestão foi uma veia praticamente única, pioneira, de artistas compositores que começaram a migrar para a gestão da cultura. Ele fez isso durante vários momentos da carreira dele”, contou Regotto.

Duas paixões

“O primeiro contato com a música se deu quando ouvi pela primeira vez o som de um piano, passeando com minha mãe, vindo de um casarão, na minha cidade natal. Foi paixão à primeira vista”, disse o músico, em entrevista concedida ao Instituto do Piano Brasileiro, em 2016. Começou a estudar piano aos 15 anos e, anos mais tarde, passou a dividir suas atenções entre a música e o curso de odontologia.

Mas foi outra paixão que o motivou a seguir carreira no piano e largar os consultórios. Apaixonou-se pela também pianista Marly Lisboa. E incentivado por ela, aprofundou seus estudos no piano e uniu as duas grandes paixões. Tornou-se um grande pianista e casou-se com Marly. O casamento ocorreu na Alemanha, onde tinha bolsa de estudos garantida pelo governo daquele país.

Homenagem

Miguel Proença será devidamente lembrado na rádio onde trabalhou. A partir da próxima segunda-feira (25), a Rádio MEC tocará suas gravações e resgatará alguns de seus programas. “É um artista que vai deixar seu legado para a cultura brasileira, tem sua importância para a história da Rádio MEC e sempre será lembrado. Vamos homenageá-lo muito na semana que vem”, revelou Thiago Regotto.

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