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Jovens e crianças se juntam na Flipelô para conversar com Lázaro Ramos

09.08.2025 5 min read

Sentado em um palco que foi instalado no espaço infantil Mabel Velloso, no Pelourinho, em Salvador, durante a Festa Literária Internacional, e logo após ter realizado um bate-papo sobre seus diversos livros, um escritor provoca seu público: “quem quer me fazer perguntas?”. É então que uma das muitas crianças que estavam sentadas no chão se levanta, vai até o microfone, e aceita o desafio: “De onde vem sua criatividade para escrever?”, pergunta a menina.

E foi assim, desafiado pela criança, que o escritor, ator e apresentador Lázaro Ramos respondeu o que o inspira a fazer livros para esse público.

“Os primeiros livros eu escrevia para a criança que eu fui. Depois que meus filhos nasceram, eu escrevi os livros para os adultos que eu quero que eles sejam. E agora eu escrevo para cada criança que eu conheço. Olhar você me inspira. Eu fico atento ao mundo e às pessoas que estão à minha volta”, falou.

Autor de diversos livros infantis, juvenis e também autobiográficos como Na Minha Pele, Sinto o que Sinto e Você não é Invisível, Lázaro Ramos participou na tarde desta sexta-feira (8) de um bate-papo com crianças, jovens e adultos durante a programação da Festa Literária Internacional do Pelourinho, a Flipelô, evento que é realizado no centro histórico de Salvador.

Conhecido também por seus personagens no cinema e na TV, Lázaro atraiu uma multidão para o espaço infantil Mabel Velloso. E com muita simpatia e paciência, conversou com os presentes, posou para fotos e participou de uma sessão de autógrafos.

Antes de iniciar o bate-papo, Lázaro conversou com a reportagem da Agência Brasil. E falou sobre a importância de estimular o hábito de leitura entre o público infantil e também sobre a sua primeira participação na Flipelô.

“Estou muito feliz de conseguir vir para Flipelô, que sempre me convidou. Eu ouvia muito falar daqui e ouvia muito falar da ocupação do Pelourinho com literatura, que eu acho que é uma coisa importante. Por isso, neste ano, eu terei três mesas para falar de todos os gêneros literários para os quais eu escrevo. Esse primeiro encontro é com as crianças, que é um público que me ensinou que eu poderia escrever e pelo qual eu tenho muito carinho e quero plantar sementes e reflexões importantes através da literatura. É sempre desafiador encontrar com as crianças, tem que vir o ator junto porque a gente tem que entretê-las também”, disse ele.

“Começar a ser leitor na infância é importantíssimo. Quando você descobre a importância da leitura quando você é bem pequeno, isso fica para sempre em sua vida”, afirmou Lázaro.

As personagens dos livros infantis de Lázaro Ramos são envolvidas por uma variedade de temas que vão do uso responsável da tecnologia à criatividade, auto-estima e ancestralidade. “São todos temas que envolvem as pessoas negras”, diz ele, embora sua literatura também seja destinada às crianças brancas.

“A minha literatura serve para crianças brancas e negras, principalmente para as crianças negras se verem como protagonistas e verem que é possível ocupar o lugar que ela quiser e que ela sonha estar. Também é para as crianças brancas entenderem que o mundo é diverso e por isso é mais potente. A literatura está aí colaborando com esse caminho”, explicou.

Grande leitor de livros, principalmente de reinos mágicos e aventuras, o jovem João Pedro Magalhães Sena, de 10 anos, já conhece bem esse universo de Lázaro e esteve nesta sexta-feira no espaço infantil Mabel Velloso para conversar com o escritor e conseguir um autógrafo em sua edição do livro Sinto o que Sinto.

“Esse livro aqui que eu tenho nas minhas mãos, o Sinto O que Sinto, é porque eu tive um trabalho da escola que era de um projeto literário sobre esse livro. É um livro muito interessante porque fala de ancestralidade, de respeito e dos sentimentos que acontecem no dia a dia”, disse João à reportagem.

Para ele, que já está iniciando uma carreira de ator, assim como Lázaro, ler é uma atividade fundamental para todos. “A gente aprende coisas novas na leitura”, diz ele. “Ao ler, você aprende novas palavras, você descobre novos mundos e seu vocabulário aumenta”, defendeu.

Ocupação e representatividade

Nascido em Salvador, Lázaro Ramos reconhece a importância da ocupação do Pelourinho pela arte, como vem ocorrendo nestes dias de Flipelô.

“Estar aqui com a literatura preta é valorizar a nossa história, é valorizar os nossos talentos, é valorizar a nossa ancestralidade também e principalmente valorizar as nossas crianças que estão aí sedentas pelo saber e por boa diversão”.

E como referência, inspiração e modelo para muita gente, ele reconhece a importância da representatividade nas diferentes formas de arte. “A representatividade é importante, porque a gente merece ter referências, mas só que a gente precisa ter muita gente ocupando esses espaços. Eu acho que esse é um passo importante para a gente dar para não ser somente como eu fui várias vezes, de ser apenas um que representava um coletivo. Então, a representação positiva e a presença é pelo que eu batalho”, disse Lázaro à Agência Brasil.

Livro sobre Ruth de Souza

Em breve, Lázaro Ramos irá lançar mais um livro. Dessa vez, contando a história da atriz Ruth de Souza (1921-2019). Chamado de A Rainha da rua Paissandu, o livro foi escrito por meio de conversas que ele teve com a atriz, que o escolheu para ser seu ghost writer nessa autobiografia.

“A gente vai lançar esse livro para levar a história dessa grande atriz brasileira que faleceu no ano passado com 96 anos de idade e que contribuiu muito para a nossa cultura”, informou ao público presente no evento.

“Eu ia lá na casa dela todos os domingos. A gente tomava café da manhã juntos e ela ficava contando a história da vida dela, o que aliás é uma coisa que eu aconselho vocês a fazerem com seus vovôs e vovós. Pede para a vovó e para o vovô para contar um pouquinho da história da vida deles, o que é que eles viveram, suas aventuras, o que eles aprenderam. Eu tive a grande alegria de ficar com dona Ruth de Souza e ela me contando a vida dela. Infelizmente, no meio do caminho ela faleceu e eu tive que terminar o livro. Mas o livro para mim é a voz dela. Eu tentei ao máximo reproduzir o jeito que ela gostaria de ser vista pelo mundo”, contou.

A previsão é que este livro sobre Ruth de Souza seja publicado agora em setembro.

Mais informações sobre a programação da Flipelô, inclusive sobre as outras mesas que contarão com a participação de Lázaro Ramos, podem ser consultados no site oficial da Festa Literária.

*A equipe da Agência Brasil viajou a convite da Motiva, patrocinadora e parceira oficial de mobilidade da Flipelô 2025

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