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Exposição traz o Pará a partir do olhar do fotógrafo Luiz Braga

27.04.2025 4 min read

Em um período quando a fotografia era analógica e os processos de captura e revelação eram longos e caros, quantas fotos uma pessoa era capaz de acumular, ao longo de cinco décadas? No caso do fotógrafo paraense Luiz Braga, o baú tem uma abundância de cores e intimidade entre ele e as pessoas retratadas.

Essa é uma das sensações provocadas pela exposição Arquipélago Imaginário, no Instituto Moreira Salles (IMS), em São Paulo, que exibe 258 fotografias, sendo 190 delas inéditas do fotógrafo. 

“O que está lá é, antes de tudo, uma grande manifestação de afeto por essas pessoas e esses lugares”, sintetiza Braga, destacando que teve contato com muitos dos fotografados não apenas um par de vezes, mas dezenas, o que o permitiu clicá-los em diferentes circunstâncias. 

A verdade é que Braga descomplexifica uma série de densos melhoramentos, tanto na via técnica como na relacional. Ele ganhava dinheiro com o trabalho e, depois que consumia uma parte para garantir o sustento, usava o restante para continuar tirando fotos. 

Essas não comerciais e que fazia por contentamento e como exercício de sensibilidade. Isto é, fazia as fotos sem nenhum incentivo ou apoio financeiros.

“Não foi encomenda, não tinha uma pauta. Foi somente para me expressar, me enxergar no mundo e me relacionar com o outro”, esclarece. 

Luiz Braga iniciou a carreira em 1975, com fotos em preto e branco, fazendo uma transição para as coloridas em 1980. O conjunto no espaço do IMS é, segundo ele, mais do que um punhado de registros, pois o público se depara com algo que “extrapola o registro”.

Braga comenta, ainda, que, mesmo já gozando de certo prestígio no mercado de fotografia, decidiu parar de aumentar o portfólio, o que reconhece ter sido “uma aposta arriscada”. A mudança de ventos que veio em seguida acabou favorecendo a fotografia, ampliando ainda mais sua popularidade.

Com isso, o paraense passou a outro estágio, começou a viver da fotografia autoral, com estatuto pleno de arte.

Atualmente, o que lhe interessa é o domínio da técnica na manipulação do que é ou não real, provocando um estranhamento no espectador.

“As imagens que estão na sessão Nightvision – Mapa do Éden mostram que você pode, sim, fabular desde que você use a técnica para, mesmo plasmada na realidade, criar um outro lugar”, pontua.

Nessa sessão, a ambientação fica “entre o verde militar e as nuances de sombras, na qual a ficção das cores abre espaço para a inventividade narrativa: o surrealismo como recusa aos estereótipos sobre o território”.

Além do Nightvision, há os núcleos O outro, o alheio, Territórios e pertencimentos – o Norte, Arquitetura da intimidade, Afazeres e trabalhos, Sintaxes populares, O retrato, O antirretrato e O Marajó.

Para compor a exposição, um quebra-cabeças do Pará sob a ótica de Braga, foi feita uma curadoria, que durou um ano. 

Bitu Cassundé, que forma a equipe com Maria Luiza Menezes, disse à Agência Brasil que a organização do arquivo de Braga facilitou muito sua tarefa.

“Não me interessava pensar em uma cronologia de Luiz Braga. Sempre pensei na exposição dentro de uma natureza mais orgânica, em que os tempos pudessem se entrecruzar. Então, em determinada sala, você encontra fotos de diferentes períodos, tanto em preto e branco quanto coloridas”, ressalta Cassundé. 

Para o curador, a ênfase que Braga dá ao seu território – onde, diz ele, nasceu, vive e irá permanecer até sua morte – era um elemento que jamais poderia ser ignorado.S

Outro ponto recorrente foram os fotografados de costas, que podem ser vistos na forma do que Cassundé nomeou como antirretratos. 

Luiz Braga diz que se orgulha profundamente das criações que produziu ao longo da carreira e, ao mesmo tempo, lamenta a falta de reconhecimento e conexão da maioria das pessoas com a Amazônia. Ele relata que já viu diversas vezes feições de exclamações quando acham que suas fotos não são de um artista paraense, mas de alguém do Rio de Janeiro, de São Paulo ou do exterior.

Lado a lado com essa subestima pelo que vem do Norte do país, Braga destaca a indiferença e a impunidade, que permitem práticas, como as violações dos direitos dos povos originários e comunidades quilombolas e o chamado correntão, usado em ações de desmatamento, o que, para o fotógrafo, seriam contestadas em outras regiões do país. 

“Tem certas coisas, para cá, para cima [do Brasil, na Região Norte], que, se fossem em São Paulo, não aconteceriam.”

Serviço

Exposição de fotografia “Luiz Braga – Arquipélago imaginário”
Data: 12 de abril a 31 de agosto de 2025
Local: Instituto Moreira Salles (IMS) Paulista | Avenida Paulista, 2424 – São Paulo (SP) | perto da estação Consolação de metrô
Horário: Terça a domingo e feriados das 10h às 20h (fechado às segundas). Última admissão: 30 minutos antes do encerramento.
Entrada gratuita 
Classificação indicativa: livre

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