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Exposição em São Paulo mostra a arte da joalheria africana

05.11.2025 3 min read

Os balangandãs, peças usadas por negras, e compostas por pingentes com representações de elementos do cristianismo e religiões de matriz africana, foram as pistas perseguidas pela artista baiana Nádia Taquary para conceber a exposição Ònà Irin: caminho de ferro, montada no Sesc Belenzinho, em São Paulo. Ao todo, são 22 obras de diferentes fases de sua vida e linguagens, que homenageiam o orixá Ogum, o feminino e o sagrado perpetuado por mulheres. 

Taquary explica que os balangandãs estão relacionados ao que se chamou de pecúlio, que nada mais é do que uma tentativa das vítimas da escravidão de se libertar e escapar dessa condição. Para juntar valores suficientes para a alforria, isto é, para deixar de ser cativo ou cativa, eram autorizados pelos seus senhores a somar ao montante doações, legados e heranças. Também podiam ajudar outros escravizados a se salvarem minimamente da cruel engrenagem. 

“Não vejo nada ligado a acessório, vejo tudo aqui ligado à história. Até uma penca de balangandãs, que você pode pensar que é um acessório, nunca foi. Foi uma forma de pecúlio no próprio corpo, um corpo que precisava, mesmo tendo dono, ser o guardador de sua própria economia, porque não havia uma outra possibilidade, uma conta em banco”, pontuou a artista, em entrevista à Agência Brasil, durante a montagem da exposição.

Sequiosa por repartir com o público as elaborações que surgiram de sua pesquisa sobre joalheria afro-brasileira, iniciada em 2010, materializa o feminino e o divino em instalações, esculturas, videoinstalação e objetos-esculturas. Tal qual uma pessoa que chega ao fim do arco-íris e regressa com um pacote valioso, Taquary distribui pelo salão escuro da unidade do Sesc um e outro elementos lampejantes, suas mulheres-pássaros e, o mais importante, a força de quem sobrevivia ao impossível.

Os balangandãs, também chamados de balançançan, barangandãs, belenguendén e berenguendén, palavras de países africanos, que refletem onomatopeias, eram de ouro e de prata. E eram peças obviamente ligadas ao contexto da escravidão no território ultramarino de Portugal que era o Brasil Colônia.

 Exposição Ona Irin. Foto: Sesc-SP/Divulgação

Taquary conta que quando criança seu pai lhe deu de presente um balangandã que pertenceu à sua bisavó, à avó e à mãe. Mas com mais maturidade e uma passagem pelo Museu Carlos e Margarida Costa Pinto, na Bahia, a artista, filha de uma mãe branca e um pai preto, atinou para a mensagem que o balangandã ganho carregava em matéria de tradição iorubá. 

“Eu pude adentrar essa história, e a partir dela, foi um contínuo sobre a presença feminina, o protagonismo que reúne para libertar. Diante de uma sociedade escravocrata, sexista, essas mulheres ascendem dentro de um sistema completamente desfavorável”, disse.

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A artista também tem sua obra Ìrókó: Árvore Cósmica na 36ª Bienal de São Paulo, no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera. 

Apesar de ter matizado elementos como tela, aquarela e barro, Taquary seguiu aderindo à sua premissa. “O protagonismo preto na joalheria afro-brasileira está pleno na exposição”, ressalta.

“No caso de toda a joalheria da minha obra, ela vem muito com uma referência de opulência, dessa estética ostentatória da joalheria africana, do povo akan [habitante da Costa do Marfim, Togo e Gana]. No Brasil Colônia, era proibido você chamar a atenção do colo para baixo, usava-se apenas um camafeu, um anel, brincos e pente, e você vê nessa joalheria uma identidade, uma outra necessidade de se posicionar dentro dessa estética”, explica.

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