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Artesão e violeiro mantêm viva tradição da viola de cocho no Pantanal

08.09.2025 3 min read

Reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil desde 2004, a viola de cocho é um dos símbolos mais autênticos da identidade da região do Pantanal. Esculpido em um único tronco de madeira, o instrumento está presente em manifestações como o cururu e o siriri, cantos e danças que atravessam gerações em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

A confecção artesanal é registrada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como um saber a ser preservado. Não há duas violas iguais: cada artesão molda a peça conforme o braço e a forma de tocar de quem a usará. Antes feitas com cordas de tripas de animais, hoje utilizam nylon, mas continuam produzindo a sonoridade peculiar que diferencia o instrumento.  

O artesão

Um dos principais guardiões dessa tradição é o mestre Alcides Ribeiro dos Santos, fundador do Museu da Viola de Cocho, em Santo Antônio do Leverger (MT), cerca de 40km distante da capital Cuiabá. 

Descendente de quatro gerações de violeiros e cururueiros, Alcides aprendeu ainda jovem a transformar troncos em música.  

“Cada instrumento é único. A madeira guarda a alma do Pantanal”, diz o artesão, reconhecido como Mestre da Cultura Popular de Mato Grosso desde 2012. 

No ateliê mantido pela família, Alcides produz violas para músicos e peças decorativas. O processo de produção de uma peça pode levar até dez dias, do entalhe à finalização. Segundo ele, a tradição se consolidou a partir de adaptações da guitarra portuguesa. 

“Ela vem da guitarra portuguesa. O formato é diferente, mas a afinação é a mesma. Aqui a madeira era abundante e, com as ferramentas usadas para escavar canoas e cochos, surgiu a viola. O pesquisador Roberto Corrêa a classificou como um som de veludo, porque é um instrumento fechado e dá um som maravilhoso”, explica.

 

O violeiro 

Outra figura importante para manter firme a tradição pantaneira é Roberto Corrêa –  violeiro, compositor e pesquisador. Mineiro, radicado em Brasília desde 1975, ele ajudou a difundir a viola de cocho em universidades, concertos e festivais dentro e fora do país. 

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Uma publicação compartilhada por Agência Brasil (@agencia.brasil)

Em entrevista à TV Brasil, Corrêa conta que conheceu Alcides ainda criança, quando esteve no Mato Grosso para pesquisar sobre a viola de cocho em 1979. 

“Tenho uma viola que foi construída por Manoel Severino, que era parceiro do pai do Alcides, o Seu Caetano. Conheci o Alcides ainda pequenininho, aprendendo com eles a arte da construção do instrumento. É um instrumento muito singular, e tocar essa viola me remete a lembranças de pessoas queridas que conheci lá atrás, na década de 70”, conta. 

Para o violeiro, uma das melhores descrições do som desse peculiar instrumento foi dado por Manoel de Barros. “O Manoel de Barros, que é um poeta lá do Mato Grosso do Sul, do Pantanal, ele tem um poema que fala nos sons gotejantes das violas de coxo. Então é isso, um som das águas”, descreve.  

Corrêa publicou, entre outros, o livro Viola Caipira, o primeiro no Brasil sobre o instrumento, e A Arte de Pontear Viola, no qual apresenta seu método de ensino. Nesta sexta-feira, seu novo EP, “Solos de Unha e Carne”, foi lançado em todas as plataformas digitais. 

*A jornalista viajou a Santo Antônio do Leverger a convite do Sebrae, como parte do Prêmio Sebrae de Jornalismo concedido em 2024 pela reportagem especial O Valor do Lixo, da TV Brasil. 

 

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