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Ativistas protestam por transição justa e financiamento climático

11.11.2025 4 min read

No segundo dia de reuniões da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, nesta terça-feira (11), um grupo de ativistas ligados à Climate Action Network (CAN) protestou nos corredores da zona azul, onde ocorrem as negociações diplomáticas, para pedir a criação de um instrumento multilateral que impulsione ações sobre a chamada transição justa.

O instrumento multilateral, que vem sendo chamado Mecanismo de Ação de Belém ( do inglês BAM), teria como atribuições coordenar esforços, estabelecer uma linguagem comum, compartilhar conhecimentos e facilitar o acesso a financiamento e tecnologia, sempre com base em princípios de direitos humanos, equidade e inclusão.

Kevin Vctor Buckland, da CAN, que participa da conferência desde a COP12, em Copenhague, na Dinamarca, entende que, embora os textos e as negociações avancem, as ações não têm avançado. 

“O financiamento que foi prometido há anos ainda não foi pago. Os países ricos continuam se escondendo atrás do discurso de ‘falta de dinheiro’, enquanto o número de milionários e bilionários cresce em todo o mundo. O problema não é a falta de recursos — é a falta de justiça”, aponta.

A entidade articula uma rede global de mais de 1,9 mil organizações da sociedade civil em mais de 130 países, que trabalham juntas para combater a crise climática.

“Aqui na COP, com a demanda por uma transição justa, estamos exigindo que aqueles que causaram a crise climática paguem suas dívidas históricas. Que os indivíduos e empresas que lucram com a crise paguem sua parte justa, e que esse dinheiro seja usado para apoiar as comunidades da linha de frente — as que mais sofrem, apesar de terem contribuído menos para o problema”, reforça.

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O ato reuniu dezenas de manifestantes no corredor principal, portando cartazes coloridos com palavras de ordem como: transição justa, direitos, equidade, cuidado e justiça.

“Dentro da conferência há milhares de lobistas dos combustíveis fósseis, com milhões de dólares de influência. Uma das poucas formas de a sociedade civil exercer poder é por meio de ações criativas, como a que acabamos de realizar, que ajudam a moldar as narrativas da mídia global e, a partir disso, pressionar diretamente as negociações”, acrescenta Buckland.

“É realmente um momento de Davi contra Golias. Mas sabemos que estamos do lado da justiça. Somos milhares, dormindo no chão aqui, porque acreditamos de verdade no que fazemos. Enquanto isso, os lobistas das empresas fósseis estão aqui pagos para defender interesses que vão deixar para seus próprios filhos um trabalho de destruição que depois eles mesmos terão de tentar consertar, e sofrerão as consequências disso”, ressalta.

Realizada pela primeira vez na Amazônia – bioma com a maior biodiversidade do planeta e um regulador do clima global -, a COP30 tem o enorme desafio de recolocar o tema das mudanças climáticas no centro das prioridades internacionais.

Para o ativista da CAN, a transição justa é uma forma de usar a própria transformação necessária para enfrentar o colapso climático como uma ferramenta para reverter a pobreza deixada por séculos de colonização e curar as feridas profundas e ainda abertas da economia global.

“Vivemos um momento em que há pessoas com bilhões de dólares, enquanto outras não têm nada. E muitos desses ricos continuam ampliando sua riqueza enquanto os demais sofrem. Basta olhar para bilionários como Elon Musk e Donald Trump para saber que há dinheiro no mundo. O problema é que ele está nas mãos de uma pequena elite. Nós, o povo, estamos exigindo que esse dinheiro venha deles, que paguem seus impostos, que haja uma taxação sobre as grandes fortunas”, defende.

Durante a COP, serão negociados cerca de 145 temas prioritários preestabelecidos. Entre eles, um dos pilares do Acordo de Paris, discute a capacitação dos países mais pobres e a transferência de conhecimento para redução de emissões de gases de efeito estufa.

Também serão discutidos indicadores sobre adaptação climática, para proteger comunidades dos efeitos cada vez mais catastróficos dos eventos extremos, como tornados, furacões, enchentes e secas. A COP30 prossegue na capital paraense até o dia 21 de novembro.

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