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Gaza sofre oficialmente com a fome, diz monitor global

22.08.2025 4 min read

A Cidade de Gaza e as áreas vizinhas estão oficialmente sofrendo com a fome, e é provável que ela se espalhe, informou um monitor global da fome nesta sexta-feira, em avaliação que aumentará a pressão sobre Israel para permitir a entrada de mais ajuda no enclave palestino.

O sistema de classificação da Fase de Segurança Alimentar Integrada (IPC, na sigla em inglês) mostrou que 514 mil pessoas — quase um quarto dos palestinos em Gaza — estão passando fome, e o número deve aumentar para 641 mil até o final de setembro. 

Cerca de 280 mil dessas pessoas estão em uma região ao norte que abrange a Cidade de Gaza — conhecida como província de Gaza — que, segundo o IPC, estão passando fome após quase dois anos de guerra entre Israel e os militantes palestinos do Hamas.

Foi a primeira vez que o IPC registrou fome fora da África, e o grupo global previu que as condições de fome podem se espalhar para as áreas central e sul de Deir al-Balah e Khan Younis até o final do próximo mês.

Acrescentou que a situação mais ao norte poderia ser ainda pior do que na Cidade de Gaza, mas disse que os dados limitados impedem qualquer classificação precisa. 

Israel rejeitou o relatório como falso e tendencioso, dizendo que o IPC havia baseado sua pesquisa em dados parciais fornecidos em grande parte pelo Hamas, que não levou em conta um recente influxo de alimentos.

“Não há fome em Gaza”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em comunicado.

Para que uma região seja classificada como em situação de fome, pelo menos 20% das pessoas devem estar sofrendo de extrema escassez de alimentos, com uma em cada três crianças gravemente desnutridas e duas pessoas em cada 10 mil morrendo diariamente de fome ou desnutrição e doenças.

Anteriormente, o IPC só havia registrado fome na Somália, no Sudão do Sul e no Sudão. 

Mesmo que uma região ainda não tenha sido classificada como em situação de fome porque esses limites não foram atingidos, o IPC pode determinar que as famílias dessa região estão sofrendo condições de fome, que ele descreve como inanição, miséria e morte.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em comunicado que a fome em Gaza é um “desastre causado pelo homem, uma acusação moral e um fracasso da própria humanidade”.

Ele pediu um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns ainda mantidos pelo Hamas e o acesso humanitário irrestrito. 

“As pessoas estão morrendo de fome. Crianças estão morrendo. E aqueles que têm o dever de agir estão falhando… Não podemos permitir que essa situação continue com impunidade.”

O chefe de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, disse que a fome em Gaza é resultado direto das ações do governo israelense e alertou que as mortes por fome poderiam ser consideradas um crime de guerra.

A análise do IPC foi feita depois que o Reino Unido, Canadá, a Austrália e muitos países europeus disseram que a crise humanitária havia atingido “níveis inimagináveis”.

No mês passado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que muitas pessoas estavam morrendo de fome, o que o colocou em desacordo com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que afirmou repetidamente que não havia fome e culpou o Hamas pela escassez de alimentos. 

Israel controla acesso a Gaza

Israel controla todo o acesso a Gaza. O Cogat, braço das Forças Armadas israelenses que supervisiona os fluxos de ajuda, disse que o relatório do IPC ignorou os dados israelenses sobre as entregas de ajuda e fez parte de uma campanha internacional com o objetivo de denegrir Israel.

“O relatório do IPC não é apenas tendencioso, mas também serve à campanha de propaganda do Hamas”, afirmou a agência.

A ONU, há muito tempo, se queixa dos obstáculos para levar ajuda a Gaza e distribuí-la em toda a zona de guerra, culpando Israel e a falta de lei. Israel tem criticado a operação liderada pela ONU e acusa o Hamas de roubar a ajuda, o que os militantes negam. 

O IPC disse que a análise divulgada nesta sexta-feira abrangeu apenas as pessoas que vivem nas províncias de Gaza, Deir al-Balah e Khan Younis. O IPC não conseguiu classificar a província de Gaza do Norte devido a restrições de acesso e falta de dados, e excluiu qualquer população remanescente na região sul de Rafah, uma vez que ela é praticamente desabitada. 

É a quinta vez nos últimos 14 anos que a fome é determinada pelo IPC — uma iniciativa que envolve 21 grupos de ajuda, agências das Nações Unidas e organizações regionais, financiada por União Europeia, Alemanha, Reino Unido e Canadá. 

O IPC avaliou anteriormente que havia fome em áreas da Somália em 2011, no Sudão do Sul em 2017 e 2020 e no Sudão em 2024. O IPC afirma que não declara a fome, mas fornece análises para que governos e outros o façam.

*(Reportagem adicional de Emma Farge, Lili Bayer e Maayan Lubell)

*É proibida a reprodução deste conteúdo.

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