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Vozes indígenas ganham projeção na Festa Literária de Paraty

01.08.2025 4 min read

Autoras indígenas e da Amazônia marcam presença e ganham projeção na programação da 23ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), por meio da programação do Sesc Santa Rita. Uma dessas mulheres é a escritora indígena Sony Ferseck, que fundou a primeira editora independente do estado de Roraima, em 2019, voltada à publicação de autores indígenas e obras bilíngue.

“Dizer para um ancião indígena que está lá no interior de Roraima ‘o senhor pode fazer um livro’ é muito potente. Isso é muito poderoso e faz com que realmente a literatura seja para todos”, disse Sony, durante participação na mesa Pluralidades editoriais e a criação literária, nesta quinta-feira (31), no Sesc Santa Rita, ao lado da escritora Aline Cardoso, que também fundou uma editora independente, neste caso, na Paraíba.

Indígena do povo Macuxi, professora, poeta e cofundadora da Wei Editora, Sony teve seu livro Weiyamî: mulheres que fazem sol (2022), nascido entre oralidade e resistência, como semifinalista do 65º Prêmio Jabuti.

Sony apontou as dificuldades de publicação em seu estado, onde ainda há escassez de matéria-prima e de iniciativas relacionadas ao mercado editorial. “Nosso país tem dimensões continentais, isso acaba encarecendo [a produção] e provocando muitas faltas ainda em Roraima. Para vocês terem uma ideia, a gente só tem duas gráficas no estado inteiro”, disse.

A escritora contou do projeto que participava chamado Panton Pia’, em que se ouvia os mais velhos do grupo contarem suas histórias de vida e os conhecimentos tradicionais.

“Era tanta beleza que eu falei: isso não pode ficar guardado, apenas em um relatório do projeto. Isso aqui tem que circular.”

Diante desse desejo, a editora Wei, fundada por Sony, realizou publicações a partir dessa escuta dos anciãos. Com os livros publicados, foi possível que os indígenas pudessem se reconhecer como autores.

“A gente percebeu como o mercado editorial ainda não chegou nessa região do país, nem para essas pessoas”, lamentou.

Eles eram os mais velhos da comunidade, não falavam português como primeira língua e também não escreviam as histórias em computadores, porque elas eram fruto da tradição oral. “Eles contavam as histórias, então são livros que não são escritos, são transcritos”, explicou sobre uma produção que envolve a oralidade.

A disseminação da impressão de livros sob demanda, mencionou Sony, possibilita a expansão de publicações independentes. “A gente vai fazendo reimpressões bem pouquinhas. Geralmente, vem o primeiro cento [100 unidades], depois financia o segundo e assim por diante, para manter [a produção]”, disse. A escritora comemorou que, desse modo, é possível fazer com que as obras de autores independentes circulem e que essas histórias cheguem cada vez mais longe.

Sony acredita na literatura e na arte como ferramentas que “ressignificam completamente rotas de vida”.

“Eu acredito no poder da arte. Tocar corações, promover mudanças, quebrar ciclos de violência e de silenciamento. É o reencantamento do mundo, uma forma de dizer que nós ‘somos possíveis’ em todos os lugares que a gente queira e quando queira”, finalizou.

Mais vozes da Amazônia

A poeta acreana Francis Mary, referência da geração mimeógrafo, participou da mesa “A quem pertencem minhas palavras?”, também nesta quinta-feira, (31) no Sesc. Sua obra traz poemas que defendem a floresta, a democracia e os povos da Amazônia. Inspirada na luta de Chico Mendes e no cotidiano dos povos da floresta, a autora recorre à arte como instrumento de memória e de denúncia.

A artista Paty Wolff, nascida em Cacoal (RO) e radicada em Cuiabá (MT), promove a união entre artes visuais e literatura. Na sexta-feira (1º), às 15h, no Sesc Santa Rita, no evento “Narrativas visuais para todas as idades”, para discutir como a ilustração se estabelece como linguagem narrativa própria, indo além do papel de complemento visual ao texto.

Encerrando a programação especial das autoras da Amazônia, a multiartista Aliã Wamiri Guajajara participará da palestra “Tecnologias do encantamento: entre o artesanal e o digital”, no sábado (2), às 11h. Nascida em Teresina (PI), filha de mãe Guajajara e pai Timbira, Aliã é escritora, curadora, performer e graduada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Piauí. 

“Para mim a Flip é um lugar de afirmação importante e podemos mostrar que a literatura indígena existe, resiste e encanta. Espero que possamos ecoar de maneira ainda mais intensa nossas memórias vivas”, avaliou Aliã.

*A repórter e a fotógrafa viajaram a convite da Motiva, patrocinador e parceiro oficial de mobilidade da Flip 2025.

 

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