Skip to content

News Brazilia

O site de notícias sobre o Brasil oferece informações abrangentes sobre os acontecimentos atuais na política, economia, cultura e sociedade do país. As atualizações regulares garantem a relevância dos materiais e uma ampla cobertura de temas que refletem a vida no Brasil.

Primary Menu
  • Cultura
  • Direitos Humanos
  • Opinião
  • Política
  • Geral
  • Mundo
  • Saúde
  • Home
  • Opinião
  • Unidades de conservação não impedem exploração de petróleo, diz Marina
  • Opinião

Unidades de conservação não impedem exploração de petróleo, diz Marina

27.05.2025 4 min read

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou, em audiência pública na Comissão de Inferaestrutura no Senado, que as quatro unidades de conservação que estão em processo de criação no estado do Amapá não impedem a prospecção de petróleo na Margem Equatorial.

“Os esforços que nós estamos fazendo lá no Amapá não incidem sobre os blocos de petróleo. A distância entre os blocos e as unidades de conservação é de 137 quilômetros no ponto mais perto”, ressalta.

A ministra foi convidada pela comissão para falar sobre o processo, iniciado em 2005 pelo ministério, para criar as reservas extrativistas (Resex) marinhas Flamã, Goiabal, Amapá-Sucuriju e Bailique, no estado do Amapá. Juntas, as unidades somam 1,3 milhão de hectares de proteção aos ecossistemas costeiros marinhos e fortalecem atividades produtivas sustentáveis das populações tradicionais, ribeirinhos, indígenas, quilombolas que vivem na região.

“Não são peças soltas em um tabuleiro, estão dentro de uma estratégia. Nós olhamos os aspectos econômicos, sociais, ambientais, culturais”, afirma a ministra.

De acordo com Marina, a proteção dos ecossistemas vai além da conservação dos biomas, já que impacta diretamente na economia de um país. “Celebramos muito quando o PIB cresce 2%, 3,% e é uma festa quando chega a 4% e a biodiversidade é responsável por 50% do PIB dos países. No caso dos países em desenvolvimento, isso chega a quase 70%, então ninguém em sã consciência destruiria 50% do seu PIB.”

A ministra lembrou que os negócios globais também levam em conta o cumprimento de compromissos internacionais e do reflexo direto nos processos produtivos, como na agricultura e em outras atividades que dependem da água, que é viabilizada pelo equilíbrio do clima e dos ecossistemas.

“O Brasil é signatário da Convenção sobre Diversidade Biológica, que estabeleceu metas de redução de perda da biodiversidade. Os países que são signatários passam a cumprir certos requisitos.”

Segundo Marina, entre os compromissos previstos estão:

O trabalho já vinha sendo realizado por diversos governos em mais de três décadas, tendo sido interrompido em 2017 e retomado em 2023, lembra.

“A criação das unidades de conservação não se dá como se jogássemos um baralho contra a parede. Temos um mapa de áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade, temos uma lei que estabelece um Sistema Nacional de Unidade de Conservação, o SNUC, temos compromissos de redução de perda de biodiversidade.”

O cumprimento das metas internacionais, segundo expicou, possibilita um modelo de desenvolvimento mais forte. “Vamos aumentar a produção por ganho de produtividade e não por expansão predatória da fronteira agrícola.”

Para a ministra, isso é possível pelo modelo criado pela Lei 9.985 de 18 de julho de 2000, que prevê no sistema diferentes formas de conservação, com possibilidades de manejo de acordo com cada tipo de unidade de conservação.

“Criamos um sistema sui generis que vai além da proteção integral dessas unidades, temos sistemas completamente disruptivos na modalidade da Reforma Agrária, para uso sustentável. Temos a reservas extrativistas, entendo a necessidade dos agricultores, criamos a modalidade dos assentamentos extrativistas do Incra”, diz.

Resultados

De acordo com Marina, todos os esforços têm resultados positivos. Além de proteção, como a reduçãa do desmatamento em 46% na Amazônia, em comparação com 2022, e a redução do desmatamento em 32% em todos os biomas.

“Em dois anos, retomamos o plano de enfrentamento ao desmatamento, retomamos o Fundo Amazônia, dobramos os recursos e estamos em um processo de execução em benefício dos estados, da pesquisa, da comunidade, de empreendimentos com esses recursos a fundo perdido e que a gente consegue captar graças aos resultados de redução do desmatamento”, ressalta.

Ela lembrou, ainda, que o acordo da União Europeia com o Mercosul levou em conta esses resultados, assim como a abertura mais de 300 mercados para a agricultura brasileira. “Só abrimos os mercados agora pelo fato do desmatamento ter caído 46% na Amazônia e agora caiu 32% em todo o pais.”

Os impactos da falta de unidades de conservação no país resultaram em catástrofes como as enchentes no Rio Grande do Sul, que vitimaram 184 pessoas em maio  de 2024.

“Temos um déficit de 10 milhões de hectares de unidades de conservação, sendo 700 mil no Rio Grande do Sul, 10 milhões de déficit em reserva legal e áreas de proteção permanentes.  As pessoas dizem que, com isso, estão prejudicando a agricultura. Mas veja o que aconteceu com as pessoas que foram para mais perto do rio, dos lagos, das encostas. É por isso que a proteção ambiental dialoga com tantos setores”, conclui.

Continue Reading

Previous: Posições sobre clima não estão descoladas do lucro, diz ex-ministra
Next: Balões caem em parque do Rio e são apreendidos; prática é crime
  • Recém-chegado
  • Popular
  • Em recado aos EUA, Brics critica imposição de tarifas unilaterais
    • Mundo

    Em recado aos EUA, Brics critica imposição de tarifas unilaterais

  • Negociações para sistema próprio de pagamento do Brics avançam
    • Mundo

    Negociações para sistema próprio de pagamento do Brics avançam

  • Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics no MAM
    • Mundo

    Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics no MAM

  • Política brasileira não enxerga ciência como solução, diz pesquisadora
    • Mundo

    Política brasileira não enxerga ciência como solução, diz pesquisadora

  • Brics aumentam produção científica em 10 vezes entre 2000 e 2024
    • Mundo

    Brics aumentam produção científica em 10 vezes entre 2000 e 2024

  • Cirurgia que altera cor do olho tem uso restrito para pessoas cegas
    • Saúde

    Cirurgia que altera cor do olho tem uso restrito para pessoas cegas

  • Plataformas devem promover ambiente seguro para jovens, diz instituto
    • Direitos Humanos

    Plataformas devem promover ambiente seguro para jovens, diz instituto

  • Comissão identifica dois desaparecidos sepultados na vala de Perus
    • Direitos Humanos

    Comissão identifica dois desaparecidos sepultados na vala de Perus

  • Casa da Mulher Brasileira terá duas novas unidades no estado do RJ
    • Direitos Humanos

    Casa da Mulher Brasileira terá duas novas unidades no estado do RJ

  • Caixa começa a pagar Bolsa Família de abril
    • Direitos Humanos

    Caixa começa a pagar Bolsa Família de abril

Você pode ter perdido

Em recado aos EUA, Brics critica imposição de tarifas unilaterais 3 min read
  • Mundo

Em recado aos EUA, Brics critica imposição de tarifas unilaterais

06.07.2025
Negociações para sistema próprio de pagamento do Brics avançam 4 min read
  • Mundo

Negociações para sistema próprio de pagamento do Brics avançam

06.07.2025
Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics no MAM 1 min read
  • Mundo

Líderes chegam para a reunião de Cúpula do Brics no MAM

06.07.2025
Política brasileira não enxerga ciência como solução, diz pesquisadora 5 min read
  • Mundo

Política brasileira não enxerga ciência como solução, diz pesquisadora

06.07.2025

Disklayer

Todo o conteúdo deste site, incluindo textos, fotografias e gráficos, é protegido por direitos autorais. Nenhuma parte deste site pode ser reproduzida sem a permissão por escrito do detentor dos direitos autorais.

Categorias

Cultura Direitos Humanos Geral Mundo Opinião Política Saúde
Copyright © Todos os direitos reservados.