Venezuela convida Celac, ONU, União Europeia, União Africana e Centro Carter para observar eleições
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) convidou a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Comunidade do Caribe (Caricom), União Africana, União Europeia, especialistas da ONU, Brics e o Centro Carter dos Estados Unidos para observar as eleições de 2024 no país.
A medida faz parte do que foi assinado no acordo de Barbados, em outubro de 2023. O texto definia que o pleito deveria ser realizado no segundo semestre de 2024 e contaria com missões de observação da União Europeia, do Centro Carter e da Organização das Nações Unidas (ONU).
O presidente do órgão, Elvis Amoroso, disse nesta quinta-feira (7) que outras entidades também foram convidadas, mas não detalhou quais são. Durante a 8ª cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) realizada na semana passada em Sâo Vicente e Granadinas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse ter convocado uma delegação de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) e da própria Celac para acompanhar o pleito de 2024.
Segundo ele, as entidades convocadas devem participar do pleito como observadores se cumprirem as “normas legais”. Ainda de acordo com Amoroso, o CNE estará em sessão permanente até a data das eleições para garantir o cumprimento do processo.
O cronograma eleitoral foi divulgado nesta quarta-feira. A jornada de registro eleitoral para os candidatos será de 21 a 25 de março e a campanha eleitoral será de 4 a 25 de julho. O pleito será em 28 de julho.
As eleições serão em um domingo e a data também marca o aniversário de 70 anos do ex-presidente Hugo Chávez. O CNE disse ainda que, de 22 a 29 de maio será feito o “registro eleitoral definitivo”, no qual será conhecido o número de eleitores venezuelanos aptos para o pleito.
Em coletiva de imprensa, Amoroso confirmou a data das eleições. Durante o dia, o CNE também publicou em seu site o calendário eleitoral.
O calendário eleitoral foi definido depois de uma mesa de diálogo promovida pela Assembleia Nacional da Venezuela que reuniu especialistas, políticos de diferentes partidos e representantes de vários setores da sociedade, incluindo da oposição.
O documento proposto pelo grupo tinha 27 possíveis datas para as eleições de 2024 e foi assinado por 152 pessoas. O texto foi entregue ao Conselho Nacional Eleitoral na última sexta-feira (1). A mesa de diálogos foi aberta em 5 de fevereiro e durou 23 dias.