Florianópolis desbanca Porto Alegre e é a capital com a cesta básica mais cara em janeiro
Florianópolis foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo no primeiro mês de 2024, segundo a apuração mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor médio da cesta foi R$ 800,31. A cidade foi seguida por São Paulo (R$ 793,39) e Rio de Janeiro (R$ 791,77).
Após encerrar o ano com a cesta básica mais cara entre as 17 capitais brasileiras observadas, Porto Alegre passou a ocupar em janeiro a quarta posição. O custo dos produtos apresentou alta de 3,21% em relação a dezembro de 2023, passando a custar de R$ 791,16.
Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados. As últimas colocações da lista mostram Aracaju (R$ 528,48), Recife (R$ 550,51) e João Pessoa (R$ 559,77).
Em relação a dezembro de 2023, o custo da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. A única redução ocorreu em Fortaleza (-1,91%).
A comparação dos valores da cesta entre janeiro de 2023 e janeiro de 2024 mostrou que nove capitais tiveram alta de preço, com destaque para as variações das cidades do Sul: Florianópolis (5,21%), Curitiba (4,47%) e Porto Alegre (4,47%). Outras oito apresentaram taxas negativas que oscilaram entre -9,47%, em Recife, e -0,26%, em Salvador.
Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos Custo e variação da cesta básica em 17 capitais / Dieese RS
Cesta x salário mínimo
Em janeiro de 2024, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.723,41, ou 4,76 vezes o mínimo de R$ 1.412,00, segundo estimativa do Dieese.
Em dezembro de 2023, quando o salário mínimo foi de R$ 1.320,00, o valor necessário ficou em R$ 6.439,62 e correspondia a 4,88 vezes o piso mínimo. Em janeiro de 2023, o mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.641,58 ou 5,10 vezes o valor vigente.
A estimativa é feita com base na cesta mais cara, que, em janeiro foi a de Florianópolis. Leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul